Por Andrea Giardino, editora-assistente do COMPUTERWORLD
Quando se está trilhando os primeiros passos na carreira é comum para o profissional que acaba de sair da faculdade se deparar diante de um cenário de dúvidas e incertezas. Embora exista uma enorme diposição para enfrentar os desafios do dia-a-dia, a falta de referência sobre o que fazer na busca por uma oportunidade acaba representando um grande problema.
Não é à toa que o número de recém-formados com dificuldades para ingressar no mercado de trabalho é alto. A maioria sequer sabe por onde começar. “É preciso traçar objetivos claros, quais atividades pretende desenvolver e a velocidade de ascensão na carreira”, aconselha Julio Cardozo, consultor de gestão e carreira da Julio Sergio Cardozo & Associados.
Na opinião dele, é fundamental para o profissional definir também o quanto quer ser reconhecido por seu talento e contribuição a dar. “Só a partir daí torna-se possível estabelecer as etapas desenhar um plano de carreira”. Cardozo aconselha o profissional a mensurar suas qualidades e pontos favoráveis. “Ver o que precisa ser melhorado na formação acadêmica ou profissional”, observa.
Após definir as metas e aonde se quer chegar, Cardozo afirma que o passo seguinte é acompanhar periodicamente se elas estão sendo realizadas. Além de perseguir de forma obstinada seu plano, o consultor considera importante estar sempre atento às atividades previstas, observar se elas continuam fazendo sentido ao longo do tempo e planejar o futuro, para evitar surpresas.
“A crise atual nos serve de lição, porque aponta a necessidade do profissional ser proativo, não esperar as coisas acontecerem e nem ficar à margem do destino”, destaca. “Como costumo dizer: 'Seja o Chief Executive Officer (CEO) da sua vida'", compara.
Apesar de o foco ser a regra número um, o profissional também não deve descuidar das oportunidades inesperadas que surgem no caminho. “Mesmo seguindo em linha reta, não se pode ignorar o que acontece ao seu redor”.
Ter projetos alternativos diante da ameaça de uma possível pane ao longo do percurso também não pode ser esquecido. Sobretudo porque há hoje uma rotatividade grande nas empresas e os profissionais passam, em média, de três a quatro anos em cada companhia. “Faz parte do plano de carreira prever mudanças de rota”, diz Cardozo.
Onde achar as oportunidades
Para Robert Andrade, consultor da divisão de tecnologia da empresa de recrutamento Robert Half, o ideal é não esperar o último ano da faculdade para buscar algo. "Quanto antes você conseguir um estágio, melhor, porque não sai com o currículo em branco", ressalta. "Por isso é sempre bom ficar atento, sobretudo na área de tecnologia da informação, a ações de algumas empresas que vão 'caçar' talentos nas universidades".
Além disso, vale lembrar que a tão falada rede de contatos é realmente eficiente na hora de conquistar um emprego. Acaba sendo, na maioria das vezes, a porta de entrada. "Seja com colegas da faculdade que estão empregados, seja professores que conhecem profissionais no mercado", destaca. O importante é estar na vitrine.
Andrade diz ainda que, ao contrário do que se imagina, há muitas oportunidades para que está no começo da carreira. "Tanto estagiários quanto profissionais mais juniores têm salários mais baixos, o que leva as companhias a manter em seus quadros um número elevado de gente mais nova"
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